Galeão espera quebrar recordes em 2025

O Aeroporto Internacional do Galeão vive um novo momento de expansão e retomada do protagonismo na aviação brasileira. O avanço reflete a ampliação da malha aérea, com novos destinos e frequências e projeta um aumento ainda maior para esta temporada de verão.

O crescimento também se reflete no setor de cargas. Pelo terceiro ano consecutivo, o Galeão bateu recorde na importação de mercadorias, movimentando o equivalente a R$ 75 bilhões. O volume representa um aumento de 18% em valor e 16% em peso em relação a 2023. Além disso, o tempo médio de permanência das cargas foi reduzido para 31 horas e 5 minutos, uma queda de 9% no prazo entre o recebimento e a liberação das mercadorias.

De acordo com a concessionária RIOgaleão, o crescimento foi impulsionado pela ampliação de voos dos Estados Unidos e da Europa, além da entrada de uma nova rota cargueira da Atlas Air. Setores como transporte aéreo, petróleo e gás, e farmacêutico lideraram o volume de cargas mo-vimentadas. Além disso, os setores automotivos e têxtil também apresentaram avanço significativo.

– Conseguimos manter os padrões de qualidade operacional, batendo recordes de crescimento desde 2022, o que reforça a robustez de nossos processos e o planejamento de negócio. Para 2025, o desafio é seguir expandindo com eficiência e ampliando o leque de atuação – disse Patrick Fehring, diretor de Negócios Aéreos da RIOgaleão.

A amplificação do espaço para transporte de cargas nas aeronaves também impactou os custos logísticos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, entre janeiro e dezembro de 2024, o custo do frete aéreo internacional caiu, em média, 24% para mercadorias provenientes dos EUA e 7% para cargas vindas da Europa.

No setor de passageiros, a Gol Linhas Aéreas anunciou um aumento de 34% na oferta de assentos no Galeão no primeiro semestre de 2025, impulsionado pelas restrições ao Aeroporto Santos Dumont desde janeiro de 2024. Com isso, o Galeão se torna o segundo maior hub da companhia em termos de assentos por quilômetro, ficando atrás apenas do Aeroporto de Guarulhos.

– O Galeão é central para a nossa estratégia de reestruturação para os próximos cinco anos – declarou Celso Ferrer, CEO da Gol. A companhia busca fortalecer a presença no Rio de Janeiro, tornando o Galeão um hub para voos ao Cone Sul, Nordeste e conexões com empresas internacionais como American Airlines, Air France, Aerolíneas Argentinas e TAP. Atualmente, a Gol opera voos diretos do Galeão para cerca de 30 cidades, incluindo Buenos Aires, Córdoba, Rosário e Montevidéu.