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Furto de fios na mira das autoridades

Polícia e prefeitura atuam em conjunto para reprimir o crime na Ilha


08/10/2021 - Edição 2062

O subprefeito Rodrigo fiscalizou ferros-velhos na Rua Mileto Maciel, no Cacuia
O subprefeito Rodrigo fiscalizou ferros-velhos na Rua Mileto Maciel, no Cacuia

O roubo e furto de fios de cobre pelas ruas da Ilha está na mira da Polícia Civil e órgãos da prefeitura do Rio. Este crime, de difícil combate, tornou-se comum na região e afeta empresas públicas e privadas, clubes, lojas e casas, que têm o serviço de internet, de telefonia e até mesmo de luz, interrompidos por conta desta prática. A ideia dos órgãos é atuar com rigor na receptação deste material, aumentando a fiscalização em pontos de reciclagem e ferros-velhos.  

Este tipo de furto, que não é novidade na região, sofreu no último ano uma onda de incidência por conta do preço do cobre, que dobrou, diante da valorização do dólar, somado a escassez do material no mercado, sobretudo pela alta demanda. O cobre é um metal nobre, excelente condutor elétrico, por isso gera muito interesse no mercado. Nas últimas semanas, duas grandes operações foram realizadas. Na sexta, dia 24 de setembro, agentes da 37ª DP prenderam em flagrante Júlio Cesar dos Santos, proprietário de um galpão localizado na Estrada das Canárias, pelo crime de receptação. Na ocasião, os policiais acharam no local cabos da empresa Oi/Telemar, identificados como fruto de furto.  

— Estamos mapeando todos os locais que comercializam este tipo de material na região para realizarmos operações pontuais com o objetivo de reprimir esta prática criminosa — afirma o delegado titular da 37ªDP, Marcus de Henrique.  

Delegado Marcus Henrique: operações pontuais

Já na sexta, dia 1º de outubro, com base em denúncias realizadas pelos moradores, a Subprefeitura das Ilhas em conjunto com o 17ºBPM e a Secretária de Ordem Pública (Seop) realizaram uma ação de ordenamento e fiscalização para coibir irregularidades em dois ferros-velhos localizados na Rua Mileto Maciel, no Cacuia. Um desses não possuía alvará para funcionamento e foi fechado. O outro recebeu autuação por irregularidades. 

— Ações como essa serão rotineiras. Vamos coibir as irregularidades em ferros-velhos, sobretudo na receptação de fios de cobre e cabos. Isso virou um problema crônico na cidade e precisamos coibir o comércio clandestino. Um levantamento da CET-Rio apontou quase 600 ocorrências este ano até o mês de setembro. Um prejuízo calculado em R$ 3 milhões aos cofres públicos. A prefeitura se fará presente — afirma o subprefeito Rodrigo Toledo.