10/01/2025 - Edição 2232
O verão chegou com força e as temperaturas subiram. Em meio ao calorão, moradores da Ilha do Governador tem ido mais às praias. Entretanto, a possibilidade de se refrescar na região tem sido limitada.
Ao contrário de diversas praias não há os famosos chuveirões instalados nas areias. E a ausência deles é sentida pelos moradores da região, que ficam sem uma opção para limpar o corpo após um dia de sol.
— Faz falta sim. A gente aproveita a praia, mas na hora de ir embora é sempre um transtorno, porque a gente não conseguiu tirar a areia do corpo e inevitavelmente sujamos o carro todo ao entrar. As vezes a gente consegue tirar a areia quando sobra alguma garrafa de água ou quando o gelo que levamos derrete. Mas é um improviso que poderia ser evitado — afirma Leonardo Lopes, frequentador da praia do Barão.
A necessidade dos chuveirões aumenta tendo em vista os índices de balneabilidade das praias região. A mais recente verificação realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizada no mês de novembro, apontou que dos 12 trechos de praia existentes na região, apenas quatro foram enquadrados como locais próprios para banho, que são a Praia do Barão, Praia da Guanabara, Praia da Ribeira e em parte da Praia da Bica, no trecho em frente à Rua Uçá.
— Toda semana eu jogo vôlei com um grupo de amigos na Praia da Guanabara e ao final, a gente sente a necessidade de se refrescar. Alguns até entram na água quando percebem que está com uma aparência mais limpa, mas na maioria das vezes a gente prefere não arriscar. Era algo para o poder público pensar a respeito — conta Anderson Thomás, frequentador da praia da Guanabara.
Além da possibilidade de banho, os chuveirões podem trazer outros atrativos. Para o empresário Moisés Carvalho, esses equipamentos podem estimular ainda mais o movimento e o comércio nas praias da região, impulsionando a economia local.
— Com os chuveirões, mais pessoas frequentariam as praias locais e por mais tempo, e assim consumiriam nos quiosques e restaurantes, por exemplo. Isso sem falar que seria um atrativo para turistas e visitantes de outros bairros. É uma ação que todos sairiam beneficiados — afirma.