Gente da Ilha

Fabiano ganha o prêmio Paulo Freire

O professor Fabiano Rapozo vem se destacando pelos prêmios conquistados


Por André Oliveira

22/11/2019 - Edição 1964

O professor Fabiano com a esposa Francyene e o filho Humberto durante a premiação na UFRJ
O professor Fabiano com a esposa Francyene e o filho Humberto durante a premiação na UFRJ

O professor de matemática Fabiano Rapozo, 43, do Colégio Estadual Leonel Azevedo é um insulano que surpreende. Ele foi um dos vencedores do Prêmio Paulo Freire da ALERJ, cujo objetivo é homenagear a educação popular, socialmente referenciada e emancipadora. A solenidade de entrega da premiação aconteceu na quinta (14), no Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ. Ele desenvolveu, junto aos alunos, um trabalho denominado “Como medir alturas utilizando copo d’água”.

Neste projeto, os estudantes aprendem a calcular alturas com base na reflexão da imagem em um copo cheio d’água. De acordo com o professor, para a medição ter êxito, é preciso que o copo e o observador estejam posicionados de modo que este visualize no centro daquele o reflexo do topo do objeto cuja altura deseja calcular.

— Uma vez que o ângulo de reflexão é igual ao ângulo da incidência, os raios luminosos refletidos no espelho d’água alcançam o olho do observador, permitindo assim descobrir a altura. Este método possibilita estimular até mesmo alturas inacessíveis de prédios e grandes estruturas, mas a maior aprendizagem acontece quando os alunos percebem que podem utilizar a matemática para resolver problemas práticos do dia a dia, pois vivenciam na prática a resposta da clássica pergunta: “para que estudo isso?” — explica.

Ganhar prêmios pelo desempenho está se tornando comum ao professor Fabiano. No final de 2017, ele conquistou o Prêmio Shell de Educação Científica, quando, na ocasião, desenvolveu o projeto “Aprendendo Geometria com a Pipa Tetraédrica de Graham Bell” e ganhou um período de intercâmbio na Inglaterra, onde participou de palestras e visitou museus. Sobre essas conquistas, o professor garante que servem de estímulo para criar mais e mais formas de educar seus alunos de maneira lúdica.

— Fico estimulado pelo retorno positivo que recebo dos meus alunos. Os prêmios são incentivos pra mim, mas também para os estudantes e todos aqueles que acreditam que a educação pode mudar às pessoas. Com 12 anos tirei zero em matemática, mas fui alcançado pelo poder transformador da educação e por professores que acreditaram em mim na época. Hoje sou um professor nesse estilo. Se eu pude aprender, com a motivação adequada todos podem — disse.