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Estudantes da UFRJ fazem projeto para revitalização do píer

Grupo de jovens elabora estudo sugerindo intervenções para manter local bem conservado


25/09/2020 - Edição 2008

Francisco Victer (a frente) com técnicos da secretaria municipal do meio ambiente
Francisco Victer (a frente) com técnicos da secretaria municipal do meio ambiente

Três jovens insulanos estudantes de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) criaram um grupo denominado Engenhando Cidades, cujo objetivo é preparar um memorial descritivo com ideias de intervenções em locais públicos da região. Um destes projetos é do Píer da Praia da Bica, localizado na orla mais frequentada da Ilha, mas que sofre com a má conservação e o abandono que destoa do visual oferecido para a Baía de Guanabara.

Os estudantes Francisco Victer, Yan Monteiro e Severino Virginio explicam que o Píer precisa de uma intervenção duradoura, pois trata-se de um local de histórica degradação e reparos ocasionais. Atualmente, a deficiência dos anteparos do Píer, os desníveis e as irregularidades no acesso ao equipamento podem provocar quedas e acidentes. Segundo Francisco, a envernização nas tábuas para reduzir o apodrecimento, a proteção contra a corrosão do metal, além da troca dos pilares de madeira por estruturas de concreto podem garantir mais resistência contra a ação da natureza e a força do mar. São intervenções fundamentais e urgentes.

— A troca de madeiras por concreto envolve basicamente uma reconstrução do píer. Com a madeira que está é questão de tempo até que apodreçam totalmente e comece a se quebrar levando o píer junto. Essa ideia de criar projetos começou após perceber que a Ilha possuía uma excelente infraestrutura de base, mas que havia se deixado degradar por abandono e negligência. Juntos elaboramos planos de intervenções para o Parque Marcello de Ipanema, o Corredor Esportivo, Praia da Rosa e até um de prevenção de acidentes na Estrada do Galeão — explica Francisco.

De acordo com o estudante Yan, o desgaste sofrido pelas estruturas é alto e mesmo quando há uma intervenção de manutenção em poucos meses o Píer volta a apresentar os mesmos problemas. Isso acontece também pela ausência de proteção contra a maresia nos materiais. “Temos que entender que hoje a Praia da Bica tem uma presença cultural muito forte e é a primeira opção de lazer e entretenimento para muitos. Mas o Píer precisa estar seguro para ser utilizado,” disse Yan.

Há cerca de quinze dias, arquitetos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente estiveram no Píer da Praia da Bica juntamente com um dos engenheiros do projeto para analisar, tirar as medidas e começar uma intervenção no local. A expectativa é que os reparos emergenciais sejam feitos o mais breve possível e que as recomendações e estudos dos estudantes sejam levadas em consideração para garantir maior resistência do equipamento e lazer mais seguro para os insulanos.