Opinião

Covid-19 bate recorde de casos na Ilha

Mais da metade dos testes realizados no Lemos Cunha tem resultado positivo


21/01/2022 - Edição 2077

O Centro Avançado de Testagem da Ilha tem sido bastante procurado pelos insulanos para realizar testes para a Covid-19
O Centro Avançado de Testagem da Ilha tem sido bastante procurado pelos insulanos para realizar testes para a Covid-19

Os números da Covid-19 na região não param de crescer em razão do avanço da variante Ômicron, que é considerada pelos especialistas a variante mais transmissível da cidade. Na Ilha, nesta semana, 1.591 testaram positivas para a doença e este número já tem impactado os hospitais privados e públicos, que registraram um aumento nas internações, mesmo sem a gravidade trazida por outras variantes.  

No Centro de Testagem da Ilha, localizado na Faculdade Lemos Cunha, que foi aberto na semana passada e já realizou cerca de dez mil atendimentos, mais da metade dos pacientes que chegam para serem atendidos, testaram positivo para a Covid-19. Isso comprova que a Ômicron possui uma taxa de transmissibilidade superior a 50% na região da Ilha do Governador. A procura por testes rápidos da doença tem causado filas nos postos de saúde em diversas horas do dia.  

— O atendimento é até bem rápido quando você chega na triagem e o resultado do teste é entregue em poucos minutos no Lemos. O mais demorado tem sido a fila enfrentada logo na entrada. Eu fui uma das que testei positivo e o recomendado foi isolamento de sete dias. Estou apenas apresentando quadro de dor de garganta — afirma a insulana Thais Souza, de 35 anos.  

Uma das medidas tomada pela Secretaria Municipal de Saúde mediante ao aumento de casos nos hospitais, foi a suspensão da visita a pacientes internados. Outra foi a solicitação formal ao Ministério da Saúde para que reabrisse leitos em hospitais federais. Segundo o secretário, Daniel Soranz, atualmente a rede federal tem 941 leitos fechados, enquanto os leitos da rede pública já estão sendo abertos de acordo com a demanda.  

— É necessário que a gente esteja atento a este momento da pandemia e reabrir novos leitos, principalmente nos hospitais de referência, como o Hospital do Fundão, na UFRJ, que hoje apresenta 250 leitos fechados. É preciso que a população entenda de uma vez por todas a necessidade da vacinação. Os casos mais graves desta variante estão atingindo pacientes que não estão com o esquema vacinal completo, em especial a terceira dose, que já possui um intervalo reduzido de seis para quatro meses — afirma Soranz.