Conselho Tutelar dá posse a conselheiros

O Conselho Tutelar da Ilha está com nova formação, após as eleições realizadas em 2019. Os conselheiros eleitos tomaram posse na sexta (10), e é a primeira equipe formada exclusivamente por conselheiros insulanos e eleitos pelos moradores da Ilha. No mesmo dia que assumiram, os conselheiros já se debruçaram a trabalhar nas pendências da região.

Inaugurado em abril de 2018, o Conselho Tutelar da Ilha só foi instalado na região após anos de pedidos dos moradores. Antes o Conselho Tutelar de Ramos acolhia os assuntos da Ilha. Após as eleições, três dos cinco conselheiros foram substituídos. Atualmente os conselheiros da Ilha são: Ana Paula Marques, Fábio Sabadelhe, Isabel Montouro, Flavio Santiago e Marcelo Alves.

— O Conselho Tutelar não é um órgão executor, mas administrativo, ou seja, não é função do conselheiro buscar crianças nas ruas, dar ou tirar a guarda. O nosso trabalho é cuidar dos direitos das crianças e cobrar para que os seus direitos não sejam violados, tudo administrativamente. Trabalhamos em conjunto com o Ministério Público e o Judiciário, e não temos poder de polícia — explicou o conselheiro Fábio.

Segundo a conselheira Ana Paula, que já atuava na antiga gestão do conselho da Ilha, um dos maiores desafios da região é a disputa familiar.

— Atuamos muito em conflitos familiares. Muitas vezes os pais se separam e querem definir a guarda. Nós tentamos auxiliar conversando com eles para que pensem no bem de seus filhos e, muitas vezes, eles mudam de atitude pensando na criança.

Todos os conselheiros que foram eleitos possuem experiência em outros conselhos tutelares, exceto a conselheira Isabel Montouro, que trabalha pela primeira vez no órgão, mas já tem experiência em trabalhos sociais com crianças. “Sempre fui envolvida em projetos para crianças em colégios e vi muitos casos onde o direito da criança foi violado e decidi participar mais para lutar por esses direitos”.

O órgão funciona de segunda a sexta na Avenida Paranapuã, 941, das 9h às 17h e sua principal responsabilidade é atuar junto aos órgãos públicos, para que o Estatuto da Criança e do Adolescente seja cumprido.