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Aumento das ameaças e boatos sobre ataques preocupam

Autoridades e órgãos de educação estão atentos à segurança nas escolas


14/04/2023 - Edição 2141

A entrada do Colégio Tia Lavôr foi fechada para averiguação das autoridades
A entrada do Colégio Tia Lavôr foi fechada para averiguação das autoridades

Nesta semana, em escolas de todo Brasil aumentou a preocupação de professores, alunos e responsáveis devido as ameaças e boatos de ataques à escolas. Aliado a isso, informações alarmistas divulgadas em rede sociais e em grupos de WhatsApp, causam, em muitos casos, pânico generalizado e temor que algumas ações isso, de fato, possam acontecer. Diante desta situação, as autoridades insulanas juntamente com os órgãos de educação estão atentas e buscam trabalhar de forma preventiva na região.  

Na quinta-feira (13), um aluno de 16 anos portava uma faca no Colégio Tia Lavor, no Jardim Carioca, e quando seus colegas de turma perceberem correram assustado achando que poderia ser um ataque. Uma adolescente chegou a pular do segundo andar da escola. Ela e o aluno que assustou os colegas não se machucaram gravemente e os dois estão sem risco de vida. A situação fez o colégio interromper as aulas nos três turnos. O comandante do 17ºBPM, Tenente Coronel, Fábio Cardoso, informou que a Polícia Militar está atenta e busca o diálogo juntamente com as escolas para evitar qualquer tipo de tentativa.  

— O acontecimento recente em Blumenau serviu como um gatilho no Estado do Rio de Janeiro. E a Polícia Militar intensificou o patrulhamento perto das escolas da Ilha do Governador. Estamos fazendo visitas mais intensas às unidades escolares mais sensíveis de modo a tentar entender e, sempre que for o caso, tranquilizar a comunidade escolar — afirma o comandante.  

Polícia e Corpo de Bombeiros estiveram na escola

De acordo com especialistas em segurança escolar e psicologia infantil, é importante que pais, alunos e escolas estejam preparados para lidar com esses assuntos de modo a garantir uma prevenção para que nada fuja do controle. A sugestão é que sempre haja um diálogo aberto entre as partes, aconselhando que os alunos e professores, identifiquem sinais de alerta no comportamento de algum colega. Além disso, a psicóloga Alessandra Xavier ressalta que, embora seja difícil, é importante os pais manterem a calma em situações de ameaça. 

— Os pais precisam transmitir uma sensação de segurança para seus filhos. Se estiverem ansiosos, isso pode afetar negativamente a percepção das crianças sobre a segurança da escola. Isso afeta, inclusive, as dinâmicas educacionais de aprendizado propostas pelas unidades escolares — afirma Alessandra.  

A escola, por sua vez, precisa estar preparada para lidar com esta situação. Por isso é importante que haja um plano de segurança bem estruturado, com medidas preventivas, inclusive com os funcionários treinados para agir em caso de emergência. É preciso que a escola estabeleça uma comunicação clara e transparente com os pais e alunos sobre as ações preventivas que são realizadas.