24/09/2021 - Edição 2060
Em solenidade promovida pela Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, as alunas Claudiane Santos, do 7º ano da E. M. Dunshee de Abranches, no Bancários, e Sofia Jordão, do 6º ano, da E. M. Rotary foram premiadas na etapa estadual do Prêmio MPT na Escola 2021, no Projeto Resgate a Infância – Eixo Educação, do Ministério Público do Trabalho.
As alunas da Ilha venceram nas categorias Poesia e Desenho, do Grupo 2, para estudantes do 6º e 7º ano, cujo tema foi “Profissionalização do Adolescente e Aprendizagem Profissional”. A coordenadora da 11ª CRE, professora Tania Bendas, ressaltou a importância desta premiação que dinamiza e mostra a potencialidade do talento dos estudantes da Ilha.
— A ideia do Ministério Público do Trabalho em dar evidência a esta problemática do trabalho infantil, veio em boa hora, porque conseguimos trabalhar dentro de sala de aula este tema que, infelizmente, é comum nas ruas da Ilha. Cada escola participou da discussão e colocou os alunos para pensar nas consequências ruins desta exploração — explica Tânia.
A aluna Claudiane Santos elaborou uma poesia denominada “A Idade da Verdade”, que conclama a sociedade para que defenda a liberdade da criança, para ser tratada com respeito e ter a oportunidade de se preparar para o futuro com qualificação profissional.
— A minha inspiração surgiu de músicas, principalmente as que falam de amor-próprio. Fazer a poesia foi uma forma que sinto de gritar para a sociedade que tem jovens e crianças nas ruas trabalhando sem ter a oportunidade de estudar — disse Claudiane, que recebeu orientações da professora de Sala de Leitura, Shirley Mariano, que é membro da comissão OAB Vai à Escola?
Já a aluna Sofia Jordão, de 11 anos, venceu a etapa estadual com um desenho que ela retrata de maneira bem pulsante o contexto social dividindo a face entre uma criança que possui oportunidades e outra que é forçada ao trabalho doméstico. Ela contou com a ajuda da professora da Sala de Leitura, Karine Dull e da coordenadora pedagógica, Andréia Aguiar, e considerou o apoio delas imprescindível.
— Eu acho que foi a forma como a professora passou o tema, que me tocou bastante e serviu de inspiração. Tenho o sonho de ser engenheira, para dar uma vida melhor para papai e mamãe — disse a sonhadora Sofia, que mora comunidade da Prefeitura, no Tauá.