10/12/2021 - Edição 2071
A Acadêmicos do Dendê deu um importante passo em sua história em direção à sustentabilidade. A escola de samba inaugurou nesta semana um sistema de geração de energia através da luz solar. O projeto foi realizado em parceria com a empresa BR Energia Limpa e com a Superliga Carnavalesca do Brasil.
Foram instaladas 350 placas fotovoltaicas no telhado da quadra da agremiação, capazes de produzir cerca de 15 mil kWh ao mês de energia solar, cuja fonte é limpa renovável e o sistema de geração demanda uma baixa necessidade de manutenção.
De acordo com o presidente da Acadêmicos do Dendê, Nilton Fernando, a expectativa é que com a chegada da energia solar a escola venha a praticamente zerar o seu gasto com conta de luz e assim ter uma valiosa economia que vai contribuir para produzir o carnaval de 2022. Segundo a BR Energia Limpa, o sistema pode promover uma economia de até R$ 18 mil ao ano em contas de luz.
A iniciativa, no entanto, vai além da questão econômica. A energia produzida pela usina solar além de abastecer a escola, vai ser repassada também a oito famílias na comunidade do Dendê. Para Nilton, essa medida reforça o compromisso social da escola com a sua comunidade.
— Nós transformamos essa iniciativa em um projeto social. Além de criar a conscientização ambiental, estamos ajudando famílias que têm dificuldade com energia elétrica. As pessoas costumam dizer que a energia solar é o futuro. Eu já digo que é o presente e pode contribuir de diversas maneiras hoje — conta Nilton.
O projeto da usina solar foi apresentado na última segunda (6), durante evento realizado na quadra da escola. Na ocasião foi exibido um vídeo demonstrando o sistema de geração de energia da escola e explicados os detalhes do projeto à comunidade. Estiveram presentes no evento representantes de diversas entidades carnavalescas e autoridades locais, além da comissão de carnaval da escola.
A usina de energia da Acadêmicos do Dendê vai servir como inspiração para outras agremiações que desfilam no carnaval da Intendente Magalhães e, de acordo com o presidente da Superliga Carnavalesca do Brasil, Clayton Ferreira, a intenção é que todas sigam o modelo da escola insulana.
— As escolas de samba da Intendente Magalhães têm um problema sério de captação de recursos e sobrevivem com muito pouco. Foi pensando nisso que trouxemos esse projeto para a Acadêmicos do Dendê e tenho certeza que vai ser um sucesso e repetido em todas as agremiações — explica Clayton.