03/01/2025 - Edição 2231
Somente antigos moradores da Ilha do Governador se lembram de que na Rua Capitão Barbosa, 215, existiu, entre 1958 e 1985, um Parque de Águas que era visitado por insulanos e também pessoas de outros bairros cariocas. No passado, o local era o Sítio Santo Antônio e a referida fonte, segundo alguns relatos, surgiu por intercessão do santo à proprietária das terras, Olga Cavalcanti.
O local foi comprado pela família Picaglia em 1948, que fundou a empresa Água Mineral Fontana. A inauguração contou a com a presença do presidente Dutra e do prefeito Mendes de Moraes.
No local foi construído um ambiente muito bonito, que se tornou ponto turístico na Ilha, pois como comenta o pesquisador Jaime Moraes: “Era muito pitoresco beber água na fonte, nos copos de vidro com o nome Fontana e o endereço gravado em tinta preta, vermelha, azul, amarela ou verde. Mas a grande atração era o lavador, o qual era acionado colocando-se o copo, invertido, sobre uma espécie de esguicho d'água com uma base circular cromada (os copos eram de uso geral dos visitantes). Um jardim bem tratado completava o local”.
Em outubro de 2024, adquiri três exemplares desses copos da Fábrica Fontana, os quais serão doados futuramente para o tão esperado Museu da Ilha do Governador.
Nas propagandas em jornais e revistas, a empresa, que engarrafava o produto que era vendido em mercados e bares com boa aceitação, afirmava que a água era radioativa e ajudava a combater os males dos rins, bexiga, intestinos, doenças de pele e outras. Ela podia ser comprada no local ou por encomenda que a empresa faria a entrega.
Em 1985, a empresa foi vendida e o parque fechado. Com o tempo, o espaço foi desfeito e, hoje, há prédios residenciais no local. É uma pena!
Seria fantástico que esse parque estivesse ainda aberto, com essa fonte ainda gerando vida à população e estimulando mais o turismo em nossa Ilha.
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