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Rosi é um talento na gastronomia

Cozinheira faz sucesso em quiosque na Ribeira


24/05/2019 - Edição 1938

Rosi rodou o mundo antes de conquistar os insulanos com seus quitutes feitos com bastante tempero e amor
Rosi rodou o mundo antes de conquistar os insulanos com seus quitutes feitos com bastante tempero e amor

Um quiosque na Estrada Rio Jequiá, localizado logo após a ponte da Colônia Z-10, se destaca pela originalidade e qualidade dos quitutes da chef Rosiana Coelho. A intimidade com frutos do mar, em especial, chama a atenção e encanta clientes que se tornaram grandes amigos e sempre que querem comer algo diferente e gostoso não hesitam. “Vamos, Lá na Rosi”.

Nascida na Clínica de Saúde São Luiz, no Cocotá, Rosi é só amor para falar sobre a Ilha do Governador, especialmente do bairro da Ribeira, onde foi criada e vive até hoje. Na infância conciliava os estudos na Escola Municipal Cuba com as pescarias junto com o pai Alcino Coelho, o Sininho.

— Acho que pelo fato de gostar de pescarias na infância, sempre apreciei a beleza do mar e me encantei pelas praias da Ilha. Nadava isso tudo quando ainda era limpo. Acabei criando gosto pela gastronomia de frutos do mar. Ainda na adolescência lembro que conseguia reunir amigos na Ribeira para tomar o tradicional caldo de siri feito com um toque especial que é uma marca pessoal até hoje — conta Rosi.

Ainda muito jovem, tudo levava a crer que Rosi seguiria a profissão de cozinheira, embora tenha estagiado em outras atividades como no antigo Banco do Amazonas onde ficou por algum tempo exercendo atividades administrativas. Em seguida tornou-se secretaria geral da empresa Tranjol Navegação. No entanto, a vida reservava outras aventuras a ela.

— Em 1988, decidi largar a empresa e abri uma lanchonete em Friburgo. Não deu muito certo e fui parar em Arraial da Ajuda, na Bahia, vendendo pastel na beira da praia, onde aprendi os segredos da comida baiana. Acabei tendo prejuízos com o congelamento da poupança no governo Collor, e em 1992 decidi rumar para a Europa e trabalhar na colheita da uva na França. Rodei o mundo e conheci diversos países e suas culinárias, como Egito e Marrocos. Mas optei por ficar em Portugal.

Em Portugal, Rosi investiu em um restaurante de comidas típicas brasileiras e através dos seus deliciosos temperos e toque pessoal prosperou tornando o restaurante um dos mais frequentados de Lisboa e Porto. Em 2005, a distância da família pesou e decidiu largar tudo na Europa, e voltou à Ilha.

Com a experiência adquirida em Portugal, ela abriu na Ribeira o Restaurante Pontapé, que por anos foi reduto de sambistas do Rio. No auge do “pontapézinho”, como gosta de se referir aquela casa, Rosi recebeu nomes famosos como Arlindo Cruz, Diogo Nogueira, Fundo de Quintal, Mosquito, Dudu Nobre, entre outros. Atualmente mantém a mesma disposição e continua fazendo delícias fantásticas no quiosque Lá na Rosi.

— Eu sou do tipo de pessoa que gosto de inventar, tenho prazer em fazer as coisas bem feitas. Sempre busco elaborar pratos novos para tornar o meu tempero único. Sou feliz, e pode ter certeza que no meu quiosque todos são tratados com carinho, atenção e ficam satisfeitos com o que é servido. O meu lazer é meu trabalho, eu amo cozinhar e estar com os clientes e amigos.
Competente e focada em fazer as coisas bem feitas, Rosi é uma insulana admirada pelo talento na área gastronômica. É exemplo de mulher batalhadora e séria, que tem opinião e cujas conquistas vieram através do seu esforço e talento.