Opinião

Opinião - José Richard


12/01/2024 - Edição 2180

Imagine a Ilha do Governador com píeres de atracação de barcas no seu entorno para transportar passageiros e pequenas cargas para os pontos mais movimentados da orla, onde poderiam ser conectados a linhas de ônibus circulares e conexão com os atuais trajetos entre bairros e para fora da Ilha. 

Pode ser um delírio, mas sempre acreditei na viabilidade da implantação desse serviço, sobretudo quando a população não para de crescer e a mobilidade pública, no caso da Ilha do Governador, precisa utilizar melhor a condição de ilha com água em todo seu entorno.  

Imagine pontos de embarque por alguns bairros com uma linha de ida partindo de Tubiacanga com paradas no Corredor Esportivo, Praia das Pelônias, Freguesia, Cocotá, Pitangueiras, Ribeira, Praia da Bica e Praia de São Bento. A volta no sentido inverso. Às áreas do aeroporto seriam evitadas devido a baixa profundidade e para evitar conflitos com as operações com as pistas de decolagens do aeroporto. 

Imagino barcas para cerca de cem passageiros em operações rápidas e seguras, cujo diferencial é um equipamento capaz de realizar uma atracação rápida com a máxima segurança. E é claro passagens conectadas com o sistema de ônibus, garantindo as operações conjuntas e sincronizadas. 

Acho até que com a possível criação da linha de barcas entre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont poderiam ser integrados com essa linha insulana a partir de um píer próprio para as viagens até a cidade, usando embarcações maiores e mais velozes.  

A UFRJ tem estudos prontos para a criação e implantação da linha entre os aeroportos e a reitoria pode criar grupo de estudos de alto nível acadêmico para esse importante projeto de mobilidade urbana para integração da Ilha do Governador, com o movimento de milhões de passageiros do aeroporto internacional e cerca de 300 mil habitantes da região. É sonho ou apenas um delírio?!