Opinião

Opinião - José Richard

Ônibus e passageiros reféns da violência


22/12/2023 - Edição 2177

Leitores alertam sobre a brutalidade como agem muitos jovens e adolescentes ao entrar pela porta traseira dos ônibus na Ilha do Governador. É um ato fora do normal pela bagunça que provocam e uma agressão contra os passageiros que pagam a passagem.  

Virou rotina esse tipo de vandalismo pela formação de grupos incontroláveis e pela absoluta falta de proteção aos ônibus e aos passageiros, formada na maioria por trabalhadores, homens e mulheres, que já vivem tensos com medo de assaltos e agora temem serem surpreendidos pela horda de desordeiros que acha divertido entrar sem pagar pela porta traseira dos coletivos. 

Enquanto bandos da zona sul agem nas calçadas assaltando e agredindo covardemente mulheres e idosos, na Ilha turmas de vândalos indiretamente assaltam a receita das empresas de ônibus, ameaçam motoristas, quebram portas dos coletivos e provocam prejuízos cuja consequência pode ser até a demissão de funcionários, desdobramento da diminuição de passageiros pagantes e o prejuízo das empresas de ônibus para recuperar as portas traseiras quebradas por bandos de agressores. 

Leitores garantem que já assistiram dezenas de cenas covardes praticados por esses grupos que entram de qualquer maneira nos ônibus. Mas nunca soube da atuação das autoridades para proteger o patrimônio das empresas que fazem o transporte público e cujos passageiros têm responsabilidade lateral e precisam ter garantidos os seus direitos de locomoção pelas autoridades do Estado. De acordo com nossos leitores, nunca os motoristas reagem nessas ocasiões. Nem devem. São reféns tanto quanto os passageiros e podem se tornar vítimas diante estupidez.  

No final das tardes e início da noite é mais comum assistir a essas cenas de vandalismo. Um dos locais é o ponto de ônibus localizado na entrada da Estrada do Galeão, em frente ao Banco do Brasil, entre 18h e 20h. Os relatos de passageiros são de perplexidade com as cenas de violência contra passageiros e ônibus. Uma vergonha e um desrespeito aos nossos vizinhos insulanos que chegam cansados após um dia de trabalho.