Opinião - José Richard

Diante da confirmação da transferência de dezenas de voos do Santos Dumont para o aeroporto do Galeão, a partir de outubro cabe a nós insulanos e cariocas comemorar. E comemorar muito! Sobretudo porque a quantidade de voos para o Galeão está superando as expectativas com algumas companhias ultrapassando a quantidade inicialmente planejada. Além disso, o movimento de outras aéreas surpreende ao anunciar mudanças de rotas, transferindo pousos e decolagens através do Galeão. E tudo isso é ótimo para a Ilha do Governador e fortalece sua importância na cidade. 

A energia é boa e o movimento para resgatar o Galeão como principal hub de passageiros e cargas do Brasil demonstra que o bom senso vai se estabelecendo gradualmente, a cidade volta a se projetar como principal porta de entrada do Brasil através de um aeroporto amplo, com duas pistas e uma completa planta de serviços de apoio e manutenção de aeronaves, além de uma gigantesca área de cargas. 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, está sendo o principal protagonista nessa virada de jogo em favor do Galeão. Através de ações sensatas e argumentos políticos consistentes, obteve a parceria do governo do Estado e da presidência da República para diminuir a força e pressão de lobbies que pretendiam continuar com a inconcebível hegemonia do Santos Dumont, um aeroporto adequado e importante para ligação aérea regional. 

Diante da materialização dos planos de crescimento do Galeão, cujo movimento suporta mais de 35 milhões de passageiros é preciso que localmente sejam retomados os acessos para o aeroporto não apenas para os passageiros, mas principalmente para os funcionários das centenas de empresas que funcionam no complexo aeroviário, cuja maioria é de moradores da Ilha do Governador.  

É inadiável e urgente restabelecer o fluxo de linhas de ônibus cujos trajetos sirvam a todos os bairros da nossa região e tenham horários 24h, de modo a realmente atender a população insulana facilitando acesso mais rápido ao aeroporto. Precisamos criar estímulos concretos para as empresas do aeroporto contratar preferencialmente moradores da Ilha do Governador.