Opinião

Opinião - José Richard


29/09/2023 - Edição 2165

O calorão que vivemos nesses dias do início da primavera talvez seja prenúncio de um verão terrível com temperaturas insuportáveis. Além de gerar desconforto para toda a população, obriga a adaptação em novos hábitos para não prejudicar a saúde. E é bom não abusar, pois as consequências podem provocar diversas doenças, algumas graves. Como a maioria gosta de um banho na praia para se refrescar, os médicos dermatologistas, por exemplo, alertam sobre a poluição das águas da Baía de Guanabara, cuja falta de transparência pode revelar poluição bacteriana e sérios riscos para a saúde. 

Qualquer ferimento, água nos olhos ou gole d’água, ingerido involuntariamente, durante um mergulho, pode provocar doenças e desencadear infecções complicadas com tratamento caro. E coisa que ninguém deseja é ficar doente. 

Por outro lado, no calor, quem prefere se deslocar até a Zona Sul e aproveitar o mar aberto de Copacabana corre outro tipo de risco nos ônibus da linha 492, operados pela Viação Ideal, que partem da Praça dos Bancários. Pois, nos dias de calor, principalmente fins de semana, cada viagem é um desafio perturbador. Além de superlotados, muitos dos passageiros são jovens que superlotam os veículos, e de modo inconsequente, viajam com parte do corpo fora das janelas e até em cima dos ônibus, tornando cada viagem um tormento imprevisível. 

A falta de fiscalização não traz esperança de uma solução para garantir viagens tranquilas e seguras para os passageiros mais idosos, crianças e senhoras. Com a possibilidade desse calor se estender até março do próximo ano, podemos ter seis meses de muita confusão. E não vai causar surpresa se alguma confusão grave acontecer no 492 se nenhuma medida de fiscalização for aplicada urgente.  

Praias poluídas e 492 vandalizado são coisas percebidas deste calor, que, sem culpa, revela problemas cujas soluções precisam ser resolvidas para garantir o bem estar da população.