Opinião

Opinião - José Richard


22/09/2023 - Edição 2164

Neste mês de setembro, tempo em que a Ilha do Governador comemora 456 anos, e uma exposição cultural na Biblioteca Municipal Euclides da Cunha relembra fatos históricos da região destacando seu desenvolvimento sob todos os aspectos, lembro que na década de 70, mais precisamente em 1976, quando o Ilha Notícias foi fundado, uma das primeiras capas do jornal dava destaque a uma imagem ruim do Rio Jequiá cercado de poluição e sem vida nas suas margens. 

Pois esse rio que nasce no alto do Jardim Carioca e desce através de galerias subterrâneas, com poucos trechos ao ar livre, desagua no início da Estrada do Galeão, onde finalmente toma a forma de rio, contornando a Vila Olímpica e a Colônia Z-10.  

O Jequiá sofreu com o desenvolvimento da Ilha e pela mão do homem. Mas, ao mesmo tempo, o trecho a partir da Vila Olímpica teve suas condições ambientais melhoradas. Na foto de 76, a imagem mostrava entulhos e pneus velhos jogados no leito do rio, que sofria sem vida com a poluição. 

E o registro histórico, nesses mais de 45 anos, é que o rio se recuperou. A foto hoje é de um rio que corre lento gerando vida nas suas águas e sobretudo nas margens, onde surgiu muita vida como um grande mangue, muitas árvores e a presença de aves marinhas. Agora o Rio Jequiá chega ao mar muito melhor que antigamente. 

A criação da Aparu do Jequiá e a participação de ONGs, pessoas lutadoras e muitas ações públicas para proteção do meio ambiente foram acertadas e o nosso Rio Jequiá, cujo trajeto é quase todo sufocado, chega à sua foz recuperado. É um exemplo histórico. Quando se trata bem o meio ambiente ele responde, se revitaliza e retribui com vida e beleza.