Opinião

Opinião - José Richard


15/09/2023 - Edição 2163

Pois a questão do transporte marítimo colocado à disposição pelo Estado e de sua responsabilidade para servir à população da Ilha do Governador, continua na mesma situação ineficiente como lamentavelmente está nos últimos anos, para decepção dos insulanos. Absolutamente nada mudou desde a pandemia e já há muito tempo antes dela. 

Não é aceitável que apenas três horário pela manhã e outros três no final da tarde sejam entendidos como suficientes para transportar parte da população que diariamente precisa se deslocar para o Centro da cidade para trabalhar na região ou fazer escala nos deslocamentos para outras regiões, cujo transporte público de ônibus ou vans que partem da Ilha do Governador não tem ligação. 

Essa deficiência no transporte marítimo prejudica a qualidade de vida dos insulanos, que são obrigados a usar o sistema rodoviário e sujeitos a sofrer com congestionamentos, assaltos, desconforto de veículos velhos e, sobretudo, tempo perdido diante da imprevisibilidade de cada viagem. 

Há anos que todos os governos estaduais se comprometem dar uma solução de normalidade ao sistema de transporte marítimo, cujo sonho dos insulanos são viagens regulares diariamente – de hora em hora – para chegar ao trabalho ou cumprir outros compromissos importantes. E nos fins de semana – sonho – poderiam proporcionar passeios turísticos pela Baía de Guanabara, com saída e chegada do Cocotá, a preços populares, com duração de 2 ou 3 horas acompanhados de guias turísticos para mostrar algumas das belezas naturais da nossa cidade vista de um novo ângulo  

É triste essa agonia no transporte de barcas cujos potenciais usuários estão a ver navios, e onde a concessionária CCR Barcas já manifestou que não queria mais a gestão do serviço, e pior, o governo estadual não sabe o que fazer, e estende prazos sem encontrar uma solução eficiente para melhorar os serviços de transporte marítimo.