Opinião

Opinião - José Richard


18/08/2023 - Edição 2159

A questão da segurança da população da Ilha do Governador deveria ser referência no Estado. As características geográficas de Ilha favorecem isso. E é a expectativa de todos moradores em região diante da histórica estrutura que proporcionava tranquilidade à população, há mais de 50 anos.

O nosso batalhão da Polícia Militar, quando foi fundado em 1969 tinha um contingente de cerca de 1100 policiais e, na época do governo militar, contava com o apoio das forças armadas, mais especificadamente da PA, a Polícia da Aeronáutica. Era muito presente nas ruas da IIha do Governador e essa simples presença metia medo na bandidagem.

Com o tempo, o número de policiais militares no quartel do 17º BPM foi diminuindo até chegar aos números atuais de cerca de 200 policiais, enquanto a população cresceu três vezes e de 100 mil habitantes aumentou para cerca de 300 mil. Os anos passaram e os bandidos se multiplicaram, o armamento mais sofisticado hoje está nas mãos dos criminosos e a PA hoje está dedicada exclusivamente às ações nos quartéis. Mas fazem muita falta.

A luta pela proteção da população ficou desigual. Os acontecimentos dos últimos dias trazem à tona uma série de problemas na área da segurança fazendo com que a população insulana mergulhe num clima de incertezas e medo. É importante que as autoridades de segurança resgatem rapidamente o clima de tranquilidade que sempre caracterizou a Ilha e restabeleçam um contingente maior de agentes no batalhão, além de colocar em prática projetos para devolver a confiança nas ações da Polícia Militar.

Após as ações trágicas da semana, o comandante geral da Policia Militar anunciou a implantação, na região, do Projeto Ilha Presente, cuja estrutura gera expectativas de que a Ilha venha recuperar o status de região mais segura da cidade.